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quarta-feira, agosto 02, 2006

Contra o "politicamente correcto"

Desculpem-me os defensores do políticamente correcto, mas a questão do Médio Oriente - envolvendo Israel, o Hezzbollah e o Líbano - anda mal contada pela imprensa ocidental, muito dada a defender as "causas" muçulmanas.

O certo é que Israel é um país legítimo, reconhecido pela ONU, mas rodeado de países que o querem aniquilar, literalmente riscá-lo do mapa. Portanto, tem o direito de se defender.

Também é verdade, por muito que possa custar, que guerra é guerra. Não conheço nenhum conflito armado onde não tenham morrido homens, mulheres e crianças, normalmente inocentes.

Parece-me, por isso, haver muita hipocrisia nos críticos de Israel. Senão vejamos: quando há um atentado árabe num autocarro em Telavive, por exemplo, em que morrem 20 pessoas israelitas e outras, é considerado um atentado político; quando uma bomba ou um tiro transviado israelita mata uma criança ou um jovem árabe, tal é considerado um grande acto terrorista exibindo-se por todo o lado a martirizada vítima.

Uma nota final: Não sou judeu.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Precisamente ao contrário, o acto é terrorista se for árabe/palestiniano, e defensivo se for israelita. Por acaso sabes como "nasceu" israel? No fim da 2ª guerra mundial foi oferecido aos judeus um país em terras palestinianas, pelos ingleses. Há guerra desde essa altura.

quarta-feira, agosto 02, 2006 1:08:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Detalhe: há muitos anos que a ONU exige o desarmamento do Hezbollah.
Outro detalhe: há muitos anos que está na região uma força das Nações Unidas.
Último detalhe: nenhum dos detalhes atrás referidos impediu o bombardeamento de populações israelitas e o rapto de soldados pelos terroristas do hezbollah.
Conclusão: a comunidade internacional temcompreensão lenta e não aprende com a História."
Retirado do Editorial da revista Sábado

quarta-feira, agosto 02, 2006 1:10:00 da tarde  
Blogger Astérix said...

Caro jmfaria,
a sua costela esquerdista "obriga-o" a defender a causa palestiniana. Compreendo-o. De qualquer forma, em termos de questões geo-políticas, deixe-me que lhe diga (ou que lhe lembre) que a verdadeira Palestina é onde se situa actualmente a Jordânia, com mais de 80 por cento da população de origem palestiniana.
Sobre Israel, deixe-me que lhe lembre que até Estaline defendeu o nascimento do Estado de Israel, apenas contestado mais tarde por Krutchev.

quarta-feira, agosto 02, 2006 1:17:00 da tarde  
Blogger JM said...

Pois mas o que é certo é que o Estado de Israel foi imposto pelos vencedores da 2ª Guerra Mundial. Israel é um estado artificial, apesar dos Judeus terem origens naquele território. Esse é que é o problema, porque uma boa parte , se não a quase totalidade da raiva muçulmana reside nesse facto que remonta ao final da última grande guerra.

Seria radical, mas os Estados Unidos têm muito território de vago, no qual cabe prefeitamente Israel.

quarta-feira, agosto 02, 2006 2:55:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro astérix os actos e pensamentos de Estaline não me dizem nada, e até são contraprocedentes. Até que enfim uma boa polémica! Apesar de se falar de guerra.

quarta-feira, agosto 02, 2006 4:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Esta guerra, de certeza, tem muitos "interesses" envolvidos de parte a parte. Tenho pena é que seja feita à custa de civis - homens, mulheres e crianças- completamente inocentes.

quarta-feira, agosto 02, 2006 4:38:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro asterix a sua crítica é que está a pesar só para um lado. Acabo de ver uma reportagem na sic notícias sobre o stress pós-traumático em que vivem as crianças israelitas. E as libanesas? Pois.. não falaram disso.
Sejam quais forem os motivos para este conflito, não apoio nem uma nem outra posição, o número de mortos de um e de outro lado até justificariam uma defesa do povo libanês.
O asterix é que está a ser politicamente correcto, pois o politicamente correcto tende a vitimizar os israelitas.

quinta-feira, agosto 03, 2006 10:34:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

PRIMEIROS MILITARES QUE RECUSAM PARTICIPAR NA GUERRA

Amir Pasteur é o primeiro militar israelita que se recusa a participar na segunda guerra do Líbano, foi preso e condenado a 28 dias de prisão em estabelecimento militar. O movimento israelita defensor da paz Yesh Gvul ("Há um limite!") tem indicações de que há já dezenas de militares israelitas a recusarem a guerra. Veja manifestação da coligação Stop the war em Telaviv ( site em hebraico)

Amir Pasteur é um oficial de infantaria, de 32 anos, estudante na Universidade de Telaviv. No julgamento declarou: "participar nesta guerra vai contra os valores nos quais fui educado".

Omri Zeid, artilheiro de Tzfat, recusou-se a bombardear uma aldeia libanesa.

O porta-voz do movimento Yesh Gvul informou que cerca de uma dezena de oficiais na reserva e soldados, que receberam chamadas de emergência, pensam recusar-se a participar na guerra do Líbano.

O exército israelita anunciou que hoje, Sábado de manhã, desencadeou uma operação de comandos na cidade de Tiro, na qual oito militares israelitas ficaram feridos e, segundo o Tsahal, foi morto "um grande número" de homens do Hezbollah.

Israel mobilizou dez mil soldados para invadir o Sul do Líbano e destruir o Hezbollah. Porém a organização xiita resiste e ontem Sexta feira disparou 220 rockets contra o Norte de Istrael.

sábado, agosto 05, 2006 1:35:00 da tarde  

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