O Estado quer comandar a nossa vida

A propósito da polémica decisão de um grupo de organizadores espanhóis de passagens de modelos, proibindo a participação de modelos esqueléticas(os) nos desfiles, por transmitirem maus exemplos à juventude, apeteceu-me escrever alguma coisa.

Não é que eu não concorde com essa ideia. Acho bem. Ver uma carga de ossos em cima de uma passerelle não é grande motivo de prazer, pelo menos para mim.

Agora tentar transformá-la, eventualmente, em medida de Estado, é que considero mais discutível. E digo isto porque li que a Ministra da Cultura inglesa aplaudiu a atitude dos organizadores.

Alto lá! Então os Estados têm de interferir nas coisas mais triviais do dia-a-dia? Não devemos fumar; não devemos beber; não devemos comer; devemos comer; não devemos fazer isto e mais aquilo... Qualquer dia, ainda vamos pagar imposto para f.... dentro da nossa própra casa!

Em que ficamos? E se o Estado se preocupasse também em ser bom pagador aos seus fornecedores? E se providenciasse as reformas dos seus cidadãos? E se respeitasse os cidadãos garantindo bons serviços de ensino, saúde e segurança social? Para que servem os impostos cobrados - sobretudo na Europa, em que são elevados?

Questões que deixo no ar...