Gunter Grass era das SS!
No fim-de-semana passado, fiquei chocado com a revelação do escritor alemão Gunter Grass, nascido em 1927, de que tinha sido membro das SS, uma espécie de guarda pretoriana de Adolf Hitler. Não queria acreditar. Passei dois dias a pensar no assunto, antes de ter disposição para escrever qualquer coisa.Sabia-se que ele tinha aderido à juventude hitleriana aos 16 anos de idade, mas isso tinha sido uma realidade comum a muito bom alemão. Mas, afinal, bem pior, o escritor genial, Prémio Nobel da Literatura em 1999, tinha feito parte de uma tenebrosa "elite" - à qual apenas se juntavam os que faziam um juramento de absoluta fidelidade ao nazismo! - que pretendia purificar a raça, um bando de fanáticos torcionários que não se limitaram a dizimar judeus mas também muita da própria população alemã e dos países que Hitler invadiu.
Grass não pode ser perdoado. Escondeu demasiado tempo o seu passado... Seria diferente se, quando foi nomeado para o Nobel, tivesse feito a sua "mea culpa" e confessado, então sim com grandeza, que não era digno de tal prémio.
Sinceramente, apetece-me rasgar os livros "O Tambor", "O Gato e o Rato", "O Cão de Hitler", ou o mais recente "O Meu Século"...
posted by Astérix @ 8:38 da manhã
7 Comments:
"O Tambor" é soberbo. É mais uma decepção, outro mito que cai, outro nazi que detestava negros.
Tantos "Gunter Grass" por aí...
Parece que não é bem assim.
Não li a noticia por completo, mas parece-me que, hoje mesmo, no JN, ele (Gunter Grass) alega que tudo não passa de uma campanha para o denegrir...
Não sei se é verdade, mas sei que é fácil montar uma cabala para dar cado de um qualquer gajo
Vergonha por ter pertencido às SS.
O alemão Gunter Grass, prémio Nobel da Literatura, confessou-se envergonhado pelo seu passado nas Waffen SS, uma unidade de elite de Hitler durante a II Grande Guerra. Numa entrevista, que será publicada na íntegra na próxima quinta-feira pela televisão pública ARD, Gunter Grass, de 78 anos, pediu perdão pelo que fez no final da segunda guerra.
A recente confissão do escritor valeu-lhe uma avalanche de criticas, quer de críticos literários quer de políticos e historiadores. Gunter Grass admitiu que os últimos anos da sua vida são marcados por essa vergonha que foi ter pertencido às SS, segundo um resumo da entrevista.
Questionado sobre o que o levou a esperar pela velhice para fazer a sua confissão, Gunter Grass afirmou que a resposta a essa questão estará no seu novo livro, uma autobiografia chamada «Beim Hauten der Zwiebel», que estará nas bancas no início de Setembro. «É o tema do livro, trabalhei nele três anos e tudo o que tenho a dizer sobre a questão está lá», disse.
Figura moral da Alemanha do pós-guerra, especialmente junto dos sectores de esquerda, prémio Nobel da Literatura em 1999, Gunter Grass disse no passado fim-de-semana que tinha entrado para as Waffen SS aos 17 anos.
Todos fazemos, em certas alturas da nossa vida - por convicção de que são certas - , coisas que nos envergonhamos algum tempo depois, ao verificarmos de que estávamos ou fomos enganados. Possívelmente foi o que se passou com Gunter Grass. Penso que não devemos julgar e/ou condenar ninguém precipitadamente ou levianamente.
"Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra."
O homem foi um assassino convicto da sua superioridade cara amiga.
Não estou bem dentro do assunto e por tal não quero fazer julgamentos percipitados, só isso. Imagino que se realmente ele foi um assassino convicto, poderá ser julgado por esses crimes.
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