Eça de Queiroz, sempre...
Em Maio de 1890, um autor português ainda desconhecido além-fronteiras, de seu nome Eça de Queiroz, escreveu um texto - numa revista chamada "Anátema" - que intitulou, simplesmente, "Fraternidade". Nele, o autor descreveu uma interessante (realista) concepção da natureza humana. Por exemplo: "Nunca na Europa se falou com tanta segurança, como hoje, de fraternidade, de concórdia entre os povos, de fusão das raças numa simpatia".
Contudo, concluía (que iluminado, meu Deus!) que, por detrás da retórica, se escondia a possibilidade de uma guerra. E ela surgiu, 24 anos depois, repetiu-se 21 anos a seguir, e tantas outras têm-se verificado (muitas na Europa, como a Guerra dos Balcãs, aqui ao lado, a duas horas de avião de Portugal).
Atenção: relembro que isto foi escrito há 116 anos! Que bom regressar, sempre - ainda que angustiante, neste caso - aos escritos de Eça de Queiroz...
2 Comments:
Eça de queiroz é o maior escritor português, as suas obras são imtemporais.
"Por toda a parte a água sussurrante, a água fecundante... Espertos regatinhos fugiam, rindo com os seixos; grossos ribeiros açodados saltavam com fragor de pedra em pedra; fios direitos e luzidios como cordas de prata vibravam e faiscavam das alturas dos barrancos; e muita fonte, posta à beira de veredas, jorrava por uma bica, beneficamente, à espera dos homens e dos gados..."
A Cidade e as Serras
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